Diferente dos vereadores de Senador Canedo, que querem aumentar o número de vereadores de 13 para 17 para não ficarem de fora nas próximas eleições, os vereadores do município de Arcos, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, aprovaram nessa semana a redução dos próprios salários, além da diminuição dos vencimentos do prefeito, vice-prefeito, e secretários da cidade.
Além da redução dos salários, os vereadores também diminuíram as cadeiras da casa, cortando algumas vagas.
O caso rendeu elogios da população local e fora, se tornando exemplo nacional.
De acordo com a Câmara Municipal da cidade, o projeto foi votado na última segunda-feira (27) e começa a valer a partir de 2021. A expectativa é de que os cortes gerem uma economia de até R$ 5 milhões por mandato.
Seis parlamentares foram a favor das mudanças, e outros seis votaram contra. A decisão ficou para o presidente da Câmara dos Vereadores de Arcos, Luís Henrique Sabino, autor da proposta.
"Os vereadores, vice-prefeito e prefeito podem ter outra atividade remunerada, político não é profissão. O salário do prefeito da cidade de Arcos está atrás de apenas outros cinco prefeitos de capitais brasileiras, um valor totalmente desproporcional ao tamanho do município", afirma Luís Henrique Sabino.
Assim como outras cidades mineiras, Arcos enfrenta a crise econômica e convive com a escassez de recursos, principalmente com relação aos repasses do governo estadual.
Em 2017, os vereadores já tinham decidido pela redução do número de parlamentares, de 13 para 9, a partir da próxima eleição. Com isso, a folha de pagamento do Legislativo já seria menor.
O projeto ainda precisa ser sancionado pelo prefeito, que em nota, garantiu que vai aprovar o texto assim que tiver acesso ao documento.
Em Senador Canedo, um jovem de 19 anos levantou nas redes sociais uma proposta para que os vereadores locais aderissem ao exemplo dos colegas mineiros, abaixando seus salários já que aumentarão o numero de vereadores da casa de 13 para 17.
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