O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) teve a prisão decretada nesta quarta-feira (10/10) no âmbito da Operação Cash Delivery. A prisão é preventiva, ou seja, não tem prazo para terminar. Na decisão, a Justiça alega que a medida se faz necessária para “garantia da ordem pública”.
O ex-governador tinha depoimento marcado para as 15 horas, mas chegou duas horas mais cedo e entrou pelos fundos para evitar a imprensa. Segundo a defesa o tucano, ele “recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos”.
A operação deflagrada no último mês apura repasses de valores indevidos pela Odebrecht nas campanhas estaduais de 2010 e 2014 e foi deflagrada no último dia 28. Marconi é suspeito de receber R$ 12 milhões em propina. A operação ocorreu em decorrência de delações da Odebrecht na Operação Lava Jato.
Em nota, a defesa do tucano afirmou que o decreto é idêntica à outra decisão de prisão já revogada por determinação do Tribunal Regional da Primeira Região. O advogado, Antônio Carlos Almeida, conhecido como Kakay, ainda diz que a prisão constitui “uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados”.
Leia nota da defesa:
KAKAYDefesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região já concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham contemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos .
Curta nossa página no Facebook e fique liado nas notícias de Goiás. https://www.facebook.com/portalmaiscanedo/
Comentários
Postar um comentário